DNA Mitocondrial
A mitocôndria é uma organela presente no citoplasma das
células de organismos superiores e possui grande importância no processo de respiração celular. Possuem um tamanho que varia de 0,5 a 1,0 μm de comprimento e
são consideradas fábricas de energia, pois processa o oxigénio e a glicose
convertendo-os em ATP.
Esta organela, diferentemente das outras, possui carga
genética própria, conhecido como DNA
mitocondrial (mtDNA).
Este não é como o DNA nuclear que
possui longas fitas, formadas por dupla hélice e que codificam cerca de 100.000
genes, o mtDNA representa apenas 1 a 2% do DNA celular, em duplo filamento
circular, codificando apenas 37 genes. Acredita-se na hipótese endossimbiótica, devido a
existência do mtDNA. Esta sugere que o surgimento das células eucarióticas se deu com o englobamento das células procarióticas sem ocorrer a digestão, e
estas duas desenvolveram uma relação simbótica.
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Não possui diferença na sua composição química,
em relação ao DNA nuclear, mas possui um código
genético apenas seu. Possui genoma haplóide, por ser apenas de origem materna, não
havendo recombinação, pois se acredita que as mitocôndrias dos
espermatozóides são destruídas pelo gameta feminino (óvulo) após a fecundação. Possui também uma região não codificadora que,
aparentemente, controla a replicação e transcrição do mtDNA. Quando comparada com o genoma
nuclear, possui uma alta taxa evolutiva (substituições de base). Sendo assim,
tem sido muito usado em estudos evolutivos para a investigação de linhagens
antigas.
Os métodos de análises mais usados para a
identificação do genoma e/ou variabilidade genética entre populações ou
espécies, são eles: análise com enzimas de restrição (RFLP), construção de mapa
de restrição para todo o genoma, amplificação via PCR seguido de digestão com
endonucleases; clonagem e sequenciamento.
Existem doenças que são consideradas mitocondriais,
pois afetam genes desta organela, que pode afetar ambos os sexos. Quando o
ovócito é formado, não há uma regra para a segregação das mitocôndrias, podendo
existir uns com mais mitocôndrias com DNA mutado.
Danos no MtDNA e a saúde
A danificação do MtDNA
está relacionado com doenças crônicas e envelhecimento prematuro. Late life Prenatal Programming of Depression and
Schizophrenia?, (publicado em Neuroembriologia) Manuel Dafotakis1, Jochen
Vehoff1, Hubert Korr, e Christoph Schmitz do Departmento de Anatomia e Biologia
Celular, RWTH Universidade de Aachen,
Aachen, Alemanha, examina a danificação pré-natal do MtDna como causa de
algumas doenças mentais.
Pode o MtDNA ser usado para traçar a ancestralidade humana?
Pode o MtDNA ser usado para traçar a ancestralidade humana?
Muitos biólogos evolucionistas consideram o MtDNA uma ferramenta valiosa
para a detecção da evolução humana. Se o MtDna oferece uma perspectiva rigorosa do
que herdamos das nossas mães (linha materna), ela apoia a teoria da "Eva
Africana", segundo a qual, toda a humanidade partilha uma ligação genética
que os cientistas podem traçar para o passado até uma mulher que teria vivido
em África há mais de 150.000 anos atrás.
A Eva Africana é popular em vários grupos da sociedade, por razões que são fáceis de compreender e com as quais simpatizar. Ela reforça a nossa humanidade comum, e apoia o relato Bíblico de uma única mãe da humanidade. No mínimo, ela oferece a esperança de esclarecer o nosso passado distante. No entanto, como veremos, há problemas com o traçar da nossa ascendência através do MtDNA.
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