sábado, 13 de dezembro de 2014

ciclo de vida


Ciclo de vida

Ciclo de Vida – sequência de etapas pelas quais passa um organismo desde a formação do ovo até ao momento em que ele próprio se reproduz, através da produção de gâmetas.

    Considera-se que um ciclo de vida termina quando outro começa, isto é, quando os gâmetas do indivíduo inicialmente considerado se unem para formar de novo um ovo que dará origem a outro indivíduo.

     Há dois momentos-chave que marcam o ciclo de vida de qualquer organismo: a meiose e a fecundação. É a alternância entre estes dois fenómenos que permite que de geração em geração se mantenha o cariótipo da espécie. A meiose origina células haplóides, a fecundação origina células diplóides.

    É por isso que se diz que qualquer ciclo de vida apresenta alternância de fases nucleares, isto é, formam-se células haplóides (que correspondem à haplófase) e células diplóides (que correspondem à diplófase) de forma alternada ao longo do ciclo de vida do organismo.

    Considera-se que existe uma alternância de gerações quando existem estruturas pluricelulares haplontes e estruturas pluricelulares diplontes, como acontece com as plantas e os musgos, que verás mais adiante. São consideradas duas gerações:

  • Geração gametófita – fazem parte desta geração todas as estruturas que se formam desde a germinação de esporos até à formação dos gametófitos (estrutura que produz os gâmetas);
  • Geração esporófita – como o próprio nome indica, pertencem a esta geração todas as estruturas que se formam desde o crescimento do zigoto até formar o esporófito (estrutura onde se produzem os esporos).








Ciclo de vida haplonte

Espirogira






   

   A Espirogira é uma microalga pluricelular filamentosa que se pode reproduzir sexuada ou assexuadamente.

     São as condições ambientais que vão determinar o modo como a alga se reproduz. Se as condições ambientais forem favoráveis, a alga reproduz-se assexuadamente por fragmentação. Os filamentos quebram-se e cada fragmento multiplica-se dando origem a um novo filamento.

    A vantagem da reprodução assexuada quando as condições são favoráveis é que permite à alga manter o património genético inalterado. Se o património genético está bem adaptado às condições ambientais, então a alga “não arrisca” a ocorrência de variabilidade e o eventual aparecimento de características que possam ser menos favoráveis.

Descrição: http://biogeolearning.com/site/v1/wp-content/uploads/2012/11/tubo-conjugação-legendado.jpg    Quando as condições ambientais são desfavoráveis, a alga reproduz-se sexuadamente.

    Quando a alga se reproduz sexuadamente, dois filamentos aproximam-se e formam-se tubos de conjugação entre as células de cada fragmento. Depois do tubo de conjugação formado, o conteúdo das células condensa-se e o conteúdo de uma célula passa para a outra através do tubo de conjugação. O conteúdo genético das células passa a funcionar como gâmetas e ocorre fecundação. Por isso as células dos filamentos passam a ser consideradas gametângios.

    Da fecundação resulta um ovo ou zigoto (diplóide). Esta célula fica num estado de vida latente até que as condições se tornem de novo favoráveis. Quando isso acontece, começa a dividir-se, mas tem como primeira divisão uma meiose (e não mitose, como é habitual). Por isso se diz que a meiose da Espirogira é pós-zigótica.

Depois da primeira divisão (meiose), a alga multiplica-se por mitoses sucessivas até originar um novo filamento. A alga adulta é haplóide.

Como a meiose ocorre logo no início do desenvolvimento do zigoto, este é a única estrutura diplóide e é unicelular. O indivíduo adulto (pluricelular) é haplóide. Por isso o ciclo se chama haplonte. Não há alternância de gerações.

Descrição: http://biogeolearning.com/site/v1/wp-content/uploads/2012/11/espirgira-ciclo700.jpg








    Esquematicamente, podemos representar o ciclo de vida da Espirogira da seguinte forma:

Descrição: http://biogeolearning.com/site/v1/wp-content/uploads/2012/11/esquema-espirogira.jpg







Ciclo de vida diplonte

Homem

Descrição: http://biogeolearning.com/site/v1/wp-content/uploads/2012/11/human-life-cycle352.jpg    Este ciclo de vida já foi visto de uma forma genérica nos conceitos introdutórios e é semelhante ao ciclo de vida de qualquer mamífero.

    Após a fecundação forma-se o ovo, a primeira célula diplóide do ciclo de vida. Esta célula divide-se por mitose e o indivíduo vai crescendo até se tornar adulto.

    Uma vez adulto, produz gâmetas por meiose. Os gâmetas são, por isso, células haplóides. As únicas de todo o ciclo de vida, pelo que podemos afirmar que no ciclo de vida humano existe alternância de fases nucleares, mas não de gerações.

   A meiose é pré-gamética, pois ocorre na formação dos gâmetas.

    Quando se dá a fecundação, forma-se um novo ovo, que dará origem a um novo indivíduo.


   Esquematicamente, podemos representar o ciclo de vida do ser humano da seguinte forma:

Descrição: http://biogeolearning.com/site/v1/wp-content/uploads/2012/11/diploide-esquema.jpg


                      

Ciclo de vida haplodiplonte

Polipódio

Descrição: http://biogeolearning.com/site/v1/wp-content/uploads/2012/11/composicao.jpg    O Polipódio é um feto muito comum nas nossas zonas florestais. Em determinadas alturas do ano, é possível observar na página inferior das folhas umas estruturas granulosas onde se formam esporos. Essas estruturas chamam-se esporângios e encontram-se agrupados em soros. Como é na planta adulta que se encontram as estruturas onde se formam os esporos, a planta adulta chama-se esporófito.

    No interior dos esporângios encontram-se as células-mãe dos esporos, que sofrem meiose e originam esporos. Por isso a meiose neste caso se classifica como pré-espórica. Quando os esporos estão prontos, a parede dos esporângios abre-se e permite a dispersão dos esporos. Estes, quando caem à terra germinam e dão origem uma estrutura independente, de pequenas dimensões e em forma de coração chamada protalo.

Descrição: http://biogeolearning.com/site/v1/wp-content/uploads/2012/11/composição-2.jpg






   



É no protalo que se encontram localizadas as estruturas produtoras de gâmetas: os gametângios masculinos (anterídios) e femininos (arquegónios). Por isso é que o protalo é a estrutura gametófita. A fecundação é dependente da água. Os gâmetas masculinos (anterozóides) são flagelados e deslocam-se até aos gametângios femininos onde fecundam a oosfera. Da fecundação resulta o zigoto, que dá início à fase diplóide deste ciclo de vida. Assim, em cima do protalo, começa a desenvolver-se a planta jovem que mais tarde irá dar origem ao feto adulto, produtor de esporos. A imagem seguinte representa uma planta jovem a desenvolver-se sobre o gametófito.

Descrição: http://biogeolearning.com/site/v1/wp-content/uploads/2012/11/composicao3.jpg













Esquematicamente:

Descrição: http://biogeolearning.com/site/v1/wp-content/uploads/2012/11/polipodio-esquema.jpg








Curiosidades

Curiosidades sobre a tarântula:

Ciclo de vida

    As tarântulas têm um ciclo de vida longo e levam de 2 a 5 anos para atingir a maturidade sexual. Os machos morrem normalmente após o acasalamento, alcançando 5 a 7 anos de vida. Antes de se tornarem adultas, as tarântulas têm de comer diariamente, exceto no período de sua troca de pele, quando há um jejum de, em média, dez dias antes e de sete dias depois. Quando já são adultas podem passar por longos períodos sem comer. Foram registados casos de longevidade de fêmeas em cativeiro com até 25 anos.

Hábitos

    As tarântulas são animais solitários e noctívagos. Alimentam-se de pequenos animais, que nas espécies maiores podem incluir pequenos pássaros, roedores ou anfíbios. Todas as espécies de tarântulas apresentam canibalismo.

Toca

    A maioria das Tarântulas não se afasta de sua toca, nem mesmo para se alimentar, pois sentem a presença das presas pela vibração do solo. O macho normalmente é quem faz as viagens mais longas para encontrar as fêmeas.

   As tocas são normalmente subterrâneas, geralmente aproveitadas de outras aranhas ou roedores. São forradas com sua teia formando uma seda, o que arrefece o esconderijo. Geralmente ficam próximas a raízes de árvores e pedras, e podem chegar até 1 metro de profundidade.

   Existem espécies que também são arbóreas — não necessitam ir ao solo durante toda sua vida, e fazem tocas em buracos nas árvores.

Reprodução

   O acasalamento das tarântulas é como o da maioria das aranhas. Uma diferença é que o macho tem ganchos para prender as presas das fêmeas no ato sexual. Normalmente o macho foge logo após o ato, antes que a fêmea recobre seu apetite, e morre poucos meses depois, devido a seu curto ciclo de vida. A fêmea armazena o esperma vivo num órgão especial, até chegar a época de botar os ovos.

    As fêmeas depositam entre 50 a 200 ovos num saco de seda que incubam por cerca de 6 semanas. Os ovos são bem grandes, e o saco pode chegar a ficar do tamanho de um limão. Os filhotes já nascem com um bom tamanho. Após o nascimento as pequenas tarântulas não recebem cuidados parentais, ficam pouco tempo na toca e logo depois se dispersam.

Descrição: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQoWHfXnVtYrZiNGGnf8iamp3DsL1ZhuMlG8FHh7CUSlB_Ldtbp